Quero ser uma pessoa melhor

Tenho pensado muito na questão do consumismo, principalmente porque agora tenho uma filha e devo ser exemplo para ela.

Veio ao encontro destas reflexões o livro "A Mágica da Arrumação", da Marie Kondo.

A autora, uma japonesa de cerca de 30 anos, defende o descarte como primeiro passo para organização. Ela conta que antes de se dar conta da necessidade de se livrar de objetos, passava os dias analisando o conteúdo de gavetas e armários, e deslocando as coisas alguns centímetros, tentando encontrar a disposição ideal. Tinha a impressão de que a organização era uma espécie de gincana intelectual com o objetivo de ver quanto conseguia fazer caber num espaço por meio de uma arrumação racional. Se houvesse um vão entre dois móveis, encaixava ali um monte de objetos e ficava exultante quando o espaço era preenchido. Em algum momento dessa trajetória, passou a ver seus pertences, e até mesmo a casa, como adversários que precisavam ser derrotados, e vivia em permanente estado de competição.

Quando ela começou a trabalhar com organização, acreditava que deveria apresentar soluções de organização miraculosas para demonstrar habilidade – soluções inteligentes, daquelas que vemos em revistas, como um conjunto de prateleiras que se encaixam perfeitamente num espaço minúsculo que ninguém mais pensaria em aproveitar.

Depois que se deu conta de que a origem da bagunça é o excesso e de que temos mais do que precisamos. A partir disso, criou um método que se resume em visualizar tudo que se tem e manter apenas aquilo que nos dá alegria. O segredo de um ambiente organizado é buscar a simplicidade máxima na organização, de tal modo que baste uma olhadela para que a pessoa consiga ver o que tem.

A autora defende que cada um deve começar a organização por seus pertences pessoais e que os únicos itens de organização de que realmente precisamos são gavetas e caixas – não é preciso ter nada de especial ou sofisticado.

Bacana a idéia de que a organização da casa está atrelada à organização da vida. Estar cercado de coisas que nos trazem alegria, ter menos objetos, apostar na simplicidade.

Pra terminar - por hoje - um videozinho descontraído sobre o livro.

Fonte da imagem: Editora Sextante